segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

QUEM FOI SANTA BRÍGIDA

  Nascida em 1303 em Finstad, falecida em 23/07/1373 em Roma.

        A Suécia é a terra natal. Apesar de ter passado a metade de sua vida em Roma, nunca se esqueceu de sua terra no norte; suas montanhas, suas lagoas escuras, seus campos de trigo e sua floresta, aparecem em seus escritos. Ela sempre amava a natureza. Os romanos a respeitaram, mas não a compreenderam.


        Ela nasceu como sétima filha do prefeito Birger e de sua esposa Ingeborg Sigride; foi no ano de 1303 no castelo de Finstad, perto de Úpsala. Sua família era aparentada aos reis e era bem rica. Não faltou nada em sua casa e ela se orgulhava da sua origem.

        Dos pais, ela aprendeu a dominar seu temperamento bem forte.

        Seu pai fez uma romaria para Santiago Di Compostela, Roma e Jerusalém. Ele jejuou e se confessou todas as sextas-feiras.

        Também sua esposa Ingeborg, era bem piedosa.

        A mãe já tinha falecido, quando aconteceu aquilo que mudou o rumo de sua vida. Uma pregação sobre a Paixão de Cristo, comoveu profundamente o coração da menina Brígida, tendo ela, nove anos de idade.

        Ela passou a noite ajoelhada e chorando, e tremendo de frio, diante de um crucifixo. A voz do Crucificado falou para ela. "Veja, como fui maltratado"! Assustada, ela clamou: "Senhor, quem te fez isso?" Cristo a respondeu: "Fizeram aqueles que rejeitaram a mim e ao meu amor".

        Na idade de 14 anos, ela atendeu o pedido de seu pai e se casou com o conde Ulf Gudmarson, de 18 anos de idade. Ela assumiu as obrigações duma dona-de-casa, esposa e mãe. Deu a luz a 4 filhos e 4 filhas. Brígida passou pelas alegrias e sofrimentos de uma mãe, continuando uma vida piedosa. Também seu marido, era homem religioso.

        O casal pertencia a Terceira Ordem de São Francisco. Os dois rezaram e jejuaram juntos, fizeram penitência, construíram hospitais e alimentaram, diariamente, 12 pobres na sua mesa. Juntos eles leram a Bíblia, na nova tradução suécia do seu Confessor Matias de Linköping. Também assumiram cargos públicos de importância, e os administraram com muita responsabilidade. Mais tarde, o casal fez uma peregrinação para Dronthein, ao sepulcro do Stº. Olaf, rei da Suécia. Visitaram o ilustre santuário do apóstolo Tiago, em Compostela, prestaram homenagem às relíquias dos Reis Magos em Colônia, visitaram o sepulcro da Santa Marta em tarascon e o santuário da Sta. Maria Madalena em Marseille.

        O seu marido ficou curado de uma doença. Motivado por esta cura, ele fez votos de retirar-se para o Mosteiro de Monges em Alvastra. Brígida concordou. Ele vivia ainda por 4 anos e foi sepultado, fiel ao seu voto, no hábito de um monge.

        Brígida, a viúva, distribuiu os seus haveres, segurando apenas o necessário, e vivia perto do túmulo do seu marido, num prédio do Mosteiro.

        Longe do barulho do mundo, no silêncio das meditações, ela ouviu a voz do Onipotente que falou para Brígida. Aí ela recebeu as primeiras revelações que se prolongaram até a sua morte.

        Obedecendo à ordem recebida de Cristo, ela escreveu tudo que ouviu, na língua maternal. Numa linguagem poética e ilustrada, e em parábolas, ela vê a vida confusa do seu povo, seu passado e futuro; vê as desgraças da Igreja, a vida de Jesus, a partir de Belém até Gólgota.

           Durante muito tempo, ela passou por dúvidas, ignorando, se as suas visões, partissem de Deus ou do diabo. E ela repetiu por muitas vezes, estas orações: "Meu corpo é como um jumentinho desenfreado, e minha vontade é como um pássaro selvagem. Põe freio ao jumentinho desenfreado e segura o pássaro selvagem!"

            Algum dia, motivada por revelações, ela apareceu no Conselho real e advertiu ao rei. Todos riram dela. Mas, dentro de pouco, sua profecia se realizou. Surgiram guerras e assassínios, e a família real desapareceu.

            As visões mandaram que ela fundasse a Ordem do Sacratíssimo Salvador, e que ela transformasse a antiga propriedade real em um mosteiro.

            Tudo que ouviu nas visões, ela escreveu em um papel. Em seguida, foi à Roma ver o Papa e o Imperador, querendo pedir deles, a autorização para sua fundação.

            Chegada em Roma, Brígida assustou muito. Rebanhos de cabras apascentaram fora e dentro da Basílica de São Pedro. O Papa residia em Avinhão, nas ruas de Roma houve guerra e briga das famílias Orsini e Colonna, os peregrinos estavam em perigo constantemente. Brígida sofreu muito com aquilo que viu. Ela já vivia a regra de sua futura fundação, visitava diariamente, os túmulos dos apóstolos e mártires. Durante o correr do tempo, ela dirigiu várias mensagens ao Papa Clemente VI e lhe comunicou a ordem de Deus que ele voltasse à cidade de Roma, a cidade dos Papas. O Papa não a atendeu. anos depois, Urbano V regressou para Roma. Aí ele conheceu a fundação da profetiza do norte. Mas 3 anos depois, ele voltou para Avinhão. Pasaram anos ainda, até que ele voltou para Roma definitivamente. Era outra visionária que conseguiu isto: Catarina de Siena.

        Uma peste matou a metade da população da Itália. Brígida se preocupou com os doentes, visitou muitos deles na sua casa, levando-os aos hospitais; ela fez até obras milagrosas.

        No Ano jubilar, 1350, ela cuidou dos peregrinos da Suécia que vieram visitar a Roma. Muitos deles chegaram em Roma sem meios para sobreviverem, cansados e exaustos. Também 3 filhos seus, vieram visitar a mãe:  O Birger, o Carlos e a filha Catarina que chamou a atenção dos romanos por causa de sua beleza. O Carlos faleceu, vítima de uma febre, em Nápoles. Acompanhada pelo Birger e a Catarina, a mãe visitou a Terra Santa. Era o final de uma vida dedicada ao Reino de Deus.

        Na Suécia surgiu o mosteiro de Vadstena. A Brígida não mais chegou a vê-lo. Voltou à Roma, em 1373, ela cansadíssima, entrou na sua residência. Passou por fortes provações de fé. Cristo a apareceu e a confortou, colocando na mão dela, uma aliança, enquanto o coro dos Anjos cantou o louvor a Deus. Na mesma visão, ela se viu como Irmã religiosa, vestida com um hábito. Bem unida com Deus nas suas visões, ela se despediu desta terra no dia 23 de julho de 1373. Os filhos assistiram à morte de sua mãe.

       


O texto acima foi tirado do livro "AS QUINZE ORAÇÕES", com autorização de republicação impressa no próprio, mantendo fielmente, o texto original.

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