quarta-feira, 30 de julho de 2014

TERCEIRO POST DA FORMAÇÃO NA CAPELINHA DE 21 A 24 DE JULHO

Hoje venho postar e comentar mais uma das historinhas contadas por Solange Maria do Carmo, durante a formação que tivemos entre os dias 21 e 24 de julho de 2014 na Capelinha.
Gostaria de iniciar falando de uma pergunta feita no facebook por Imaculada Cintra que gerou boa repercussão e que tem tudo a ver com o assunto em questão: Aqui pensando... Se existe tanta gente com uma vasta caminhada de fé na comunidade, porque ainda temos essa escassez de catequistas em todas as paróquias???????????

“Havia um cachorro dormindo tranqüilo, quando sentiu o cheiro de um coelho desavisado que passou por ele. O cachorro abriu os olhos e viu o gordinho coelho que, com o susto, se pôs a correr.
Sem pensar muito, devido ao instinto de caçador do cachorro, este se pôs a correr e a latir, atrás do apetitoso coelhinho que corria por todos os lados, em busca de um esconderijo, o qual não encontrava.
Quem já ouviu um cachorro caçar em silêncio? Nem eu. E nosso cãozinho aqui não era diferente.
Quem nunca viu um cachorro correr atrás de uma roda, e a medida que passam por outro cachorro, este também começa a correr, só para compartilhar o instinto da raça?
Desta forma, conforme o coelho ia ganhando chão, o cachorro seguia latindo atrás dele e outro cachorro o ouviu, passando a seguir latindo atrás.
Outro cachorro ouviu aquela algazarra toda e apressou-se a seguir a fila e assim, outro e mais outro e quando se deu conta, mais de dez cachorrinhos estavam correndo atrás do primeiro que corria atrás do coelho.
Acontece que, em um dado momento, o último cachorro da fila parou e pensou: - Por que estou correndo afinal? – e resolveu ir descansar, deixando o posto de último da fila para outro cão.
O outro cãozinho, agora o último da fila, também não entendeu porque tantas voltas e tantos latidos. Cansou-se da brincadeira e resolveu ir dormir mais um pouco.
Cachorro é um bicho esperto e, em pouco tempo, todos pararam para refletir e chegaram a mesma conclusão de que dormir era mais negócio, e foram todos para o seu descanso, ficando apenas um cãozinho, ainda correndo e com o mesmo entusiasmo inicial. Este era o primeiro cãozinho.
Moral da história: Somente este cãozinho havia visto e sentido o coelhinho. Os demais estavam seguindo o cachorro, mas o primeiro cachorro não seguia ninguém, ele estava caçando mesmo.”

Solange apresentou esta historinha para nos fazer entender as palavras de Bento XVI que disse: “Nós não nos tornamos cristãos por causa de leis, mas por causa do encontro com Cristo”.
Em minha primeira formação, a própria Imaculada Cintra disse que estamos lá, como catequistas, porque fomos chamados por Cristo. Os motivos que encontramos como: porque eu gosto de estar com crianças ou porque isso me faz bem, ou ainda, porque quero dividir o que eu sei, entre outras, são meras desculpas que não justificam nada.
Voluntariado e vocação eclesial são coisas distintas.” – Diz Roseli Miranda em um comentário no post de Imaculada, acima citado. E não está errada. Isto foi dito na formação, está embutido nas palavras de Bento XVI e é de conhecimento da maioria dos catequistas. Entretanto, é de conhecimento dos paroquianos?
Sabemos que os discípulos de Jesus não profetizavam, apesar da convivência com Cristo, mas foi por causa desta convivência que receberam o Espírito Santo e começaram a grande missão evangelizadora que chegou até nós.
O que estou tentando dizer é que nos falta fazer a algazarra que aquele primeiro cãozinho fez, durante a sua caça, para que despertemos o interesse nas pessoas, como foi despertado naqueles cachorrinhos que seguiram o primeiro.
Cristo não é apenas um coelhinho e, exatamente por isso, Ele não ficará oculto como o coelhinho da história, mas é preciso que, antes de mais nada, coloquemos as pessoas na fila dos catequistas que correm atrás de Cristo.
Como podemos fazer isso? Eu não sei como, ou estaria fazendo neste momento, mas acredito que um grande passo seria convidar.
Convidar as pessoas para participarem conosco. Convidar as pessoas para ler o que lemos, convidar as pessoas para participar do que participamos e não nos preocuparmos com o coelhinho, porque Ele se mostrará e tocará o coração daqueles que tiveram a vocação. Mas é preciso que estejam abertos a isso e somente participando, poderão estar abertos.
Eu não sei, mas os organizadores do evento, tema destas postagens que estou fazendo, têm o número exato de pessoas que se apresentaram para ingressar na catequese a partir daquele evento. Isso não é o começo?
Sabemos que muitos convites precisam ser feitos para que apenas uma pessoa possa ser catequista, mas se não fizermos estes convites, como saberemos quantos são necessários?
Eu, Edison Mendes, sou apenas um catequista iniciante e não tenho, certamente, nem conteúdo para manter um blog, mas quem disse que eu preciso? A mim cabe fazer o que eu sei fazer, em nome da catequese, para que possa difundir esta vocação.
Você que le estas linhas neste momento, o que pode fazer para ajudar? Será que postar algo aqui não seria interessante? Por isso convido a você, a deixar sua colaboração em forma de comentário. Qualquer um pode fazê-lo, não precisa se preocupar com ortografia, porque eu posso corrigir isso.
Um amigo catequista, cujo nome não citarei por não ter solicitado a sua permissão, me contou que foi se oferecer para ser catequista em uma paróquia e estava tudo acertado já, quando a pessoa que o atendia perguntou-lhe o que ele fazia para viver e ele respondeu que era policial.
Segundo ele, a pessoa disse que não era bom que ele fosse catequista porque policiais são pessoas que precisam usar de força no trabalho.
Veja como o despreparo nos faz ser pessoas, ainda que despreparadas, quase solitárias em nossa missão catequética. Mas isso precisa ter fim e precisamos repetir frases como uma que ouvi de uma amiga semana passada: Ser catequista “não é um testemunho moral, mas existencial. Se for olhar testemunho moral, ninguém pode ser catequista..."
Aqui terminam os posts a respeito da formação na Capelinha, porque foi o que consegui assimilar. Muito mais foi comentado e conteúdo muito maior que este foi compartilhado ali, mas minha capacidade de compreensão é limitada. Por isso, convido as pessoas que lá estiveram a deixar abaixo, como comentário, demais tópicos que não foram abordados aqui. Quem sabe se ajuntarmos o apanhado dos tópicos que cada um aprendeu, possamos reproduzir a riqueza dos ensinamentos que foram compartilhados naquele evento?

Deixo um abraço a todos e o pedido para que Deus nos abençoe, ilumine e dirija em nossa jornada!

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